GRANDE ESCALA


Em outubro, o padrão de anomalias negativas de temperatura da superfície do mar (TSM) sobre o Pacífico Equatorial, continuou indicando a manifestação do fenômeno La Niña, com intensidade variando de fraca a moderada (figura 1.2.1). Na região dos niños 1+2, 3 e 4 foram observadas anomalias negativas (tabela 1.2.1). Por outro lado, no Pacífico Oeste foram observadas anomalias positivas de TSM (figura 1.2.1). No Oceano Atlântico Tropical foram observadas anomalias positivas de TSM com pequena magnitude (figuras 1.2.1 e 1.2.3).

O campo de anomalias de radiação de onda longa emergente (ROL) indicou padrão típico da atuação do fenômeno La Niña no Pacífico Central, com anomalias positivas na faixa equatorial e anomalias negativas na região da Indonésia (figura 1.2.4). Sobre o Atlântico o campo de ROL esteve próximo da normal climatológica, com exceção da região próxima à América Central. Sobre a América do Sul foi observada uma pequena região com desvios positivos em aproximadamente 10ºS e 60ºW.

No campo de anomalias de pressão ao nível médio do mar (PNM) foram observadas anomalias positivas nas latitudes subtropicais de todo o Pacífico Sul e em grande parte do Pacífico Norte. O índice de oscilação sul (IOS) indicou a presença do La Niña com valor de 0,9 (tabela 1.2.1). Anomalias positivas no setor oeste do Oceano Atlântico e sobre o sul do Atlântico Sul foram associadas à passagem de seis massas de ar frio durante o mês. Essa anomalias resultaram em uma subdivisão da Alta Subtropical do Atlântico Sul.

O campo de ventos em baixos níveis (850 hPa) (figuras 1.2.6 e 1.2.7) indicou anomalias de leste no Pacífico Equatorial oeste, consistentes com a presença do fenômeno La Niña. Entre a costa oeste da América do Sul e aproximadamente 150ºW as anomalias tiveram componente de sul. O vetor pseudo-tensão de cisalhamento superficial indicou anomalias de sudeste junto à costa leste da Região Nordeste do Brasil que favoreceu a ocorrência de chuvas ao longo do litoral (figura 1.2.8).

Em altos níveis (200hPa) o campo de vento (figuras 1.2.9 e 1.2.10) indicou a presença da alta da Bolívia, com centro em aproximadamente 10ºS e 60ºW (vide seção 2.9.2).

O campo de anomalias de altura geopotencial em 500 hPa para o Hemisfério Norte (figura 1.2.11) evidenciou número de onda 4 nas latitudes médias. No Hemisfério Sul (figura 1.2.12) houve um predomínio de anomalias negativas em altas latitudes. Observou-se um padrão com número de onda 3 dominante.

Figuras

[ Figura 1.2.1][ Figura 1.2.2] [ Figura1.2.4] [ Figura 1.2.5] [ Figura 1.2.6][ Figura 1.2.7] [ Figura 1.2.9] [ Figura 1.2.10] [ Figura 1.2.12][ Tabela 1.2.1]


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