DADOS HIDROLÓGICOS


A figura 30 mostra a localização das vinte e três estações fluviométricas onde são medidas as vazões de alguns rios. Os valores das médias mensais de dezembro, assim como os respectivos desvios em relação à Média de Longo Termo (MLT) para o período de 1931 a 1986, expressos em porcentagem, são apresentados na tabela7.

Na figura 31 temos, para os postos fluviométricos de dezoito localidades da Tabela 7, a evolução anual da MLT e as vazões médias mensais do período de janeiro de 1995 a novembro de 1996. No caso de Manacapuru-AM, as vazões apresentadas são estimativas da vazão do Rio Solimões, calculadas a partir do modelo estatístico que relaciona vazões e cotas médias mensais do Rio Negro em Manaus. A figura 32, apresenta as cotas médias mensais no período 1995-1996 do Rio Negro em Manaus. No mês de setembro a cota média mensal do Rio Negro foi de 19.58 m, variando entre um , um mínimo de 19,31 m e um máximo de 20,03 m.

O posto Samuel-RO apresentou fortes desvios positivos de vazão em relação à MLT (+161 %), resultado das anomalias positivas de precipitação verificadas no SO da Amazônia. Ao igual que em meses anteriores, o Rio Solimões no posto Manacapuru - AM apresenta vazões ligeiramente superiores à MLT. No posto de Balbina-AM os desvios de vazão continuam acima da MLT (+137%). Tendência similar é verificada em Coaracy Nunes- AP (+31 %), apesar que as anomalias de precipitação ao N da Amazônia são próximos à média histórica.

A barragemn de Tucuruí - PA continuam a apresentar vazões inferiores à MLT (-20%), enquanto que as anomalias de precipitação da bacia do Araguaia são positivas. Provavelmente esta discrepância entre no signo dos desvios da vazão e nas anomalias de precipitação deve-se ao enchimento da barragem após a estação seca.

O Rio São Francisco mostra desvios positivos de vazão em Três Marias - MG (+78 %), o que va ao encontro das anomalias de precipitação verifcadas no leste do estado de Minas Gerais. No entanto, os desvios são negativos em Sobradinho - BA (-26 %), apesar das anomalias positivas de precipitação ocorridas na área de influência da barragem. No caso das vazões na barragem de Sobradinho, são válidas as considerações feitas no posto de Tucuruí.

O Rio Paranaiba apresenta desvios muito próximos à MLT nos postos de Emborcação e Itumbiara, enquanto que é positivo em São Simão - MG. O gráfico de anomalias de precipitação mostra desvios positivos em toda a bacia.

No Rio Grande, os postos Marimbondo e Água Vermelha (Estado de São Paulo), apresentam vazões superiores à MLT, da ordem de 80 %. Os desvios também são positivos no Rio Paraná em Ilha Solteira-SP (+46 %). O posto Xavantes-SP no Rio Paranapanema apresenta desvios negativos de vazão, enquanto que as vazões no posto Capivara-SP estão acima da MLT. Os desvios também são positivos em registro. Uma análise do gráfico de anomalias de precipitação mostra que as chuvas em todo o Estado de São Paulo no mês de novembro estiveram acima da média histórica. No entanto essa tendência não se viu refletida nas vazões erogadas nas barragens dos principais rios do Estado de São Paulo.

Os postos de G.B. Munhoz - PR e Salto Santiago - PR apresentam desvios positivos de vazão, de +48% e +43% respectivamente, acompanhando as anomalias positivas de precipitação verificadas na bacia do Rio Iguaçu. Em razão das anomalias negativas ocorridas no leste do estado de Santa Catarina, o Rio Itajai-Açu apresenta desvios negativos em Blumenau-SC (-32 %). O Estado do rio Grande do Sul registrou precipitações abaixo da média histórica. Tal tendência se viu refletida em passo real (-7 %). Contrariamente ao esperado, as vazões tiveram desvios positivos em Passo Fundo-RS (+16%).


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