Sobre o Oceano Atlântico, a TSM ficou acima da média junto à costa Brasileira, sendo que os maiores desvios foram observados junto à costa das Regiões Sul e Nordeste. No Atlântico Norte a TSM ficou abaixo da média à oeste de 60oW e acima da média à leste deste Meridiano (Figuras 1 e Figura 3) .
Através do campo de Radiação de Onda Longa emitida para o espaço (ROL), infere-se a intensidade da convecção ocorrida durante o mês (Figura 4) . A convecção sobre o Pacífico Equatorial Central, junto à linha-de-data ficou abaixo da média. Já no Pacífico Equatorial Oeste a convecção esteve acima da média. Sobre o Pacífico Equatorial Leste a convecção esteve próxima à média, enquanto que sobre a Austrália, ela ficou abaixo da média. Sobre a América do Sul a convecção esteve alinhada no sentido noroeste-sudeste, porém não houve a ocorrência da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). A explicação para essa orientação foi a semi-estacionariedade das frentes frias sobre a região durante alguns poucos dias. Tais sistemas frontais organizaram a convecção sobre todo o continente (vide Seções 2.1, 2.2 e 2.6.2). No campo de anomalias de ROL observou-se que a convecção ficou acima da média no setor leste do Nordeste e a noroeste da América do Sul. Convecção abaixo da média foi observada sobre uma pequena região da Argentina e sobre a região central do Atlântico Norte.
Analisando o campo de anomalia de Pressão ao Nível do Mar (PNM) podemos observar que em praticamente todo o Pacífico a PNM ficou abaixo da média. A exceção a isto se deu ao norte de 40oN no Pacífico Central e Leste e junto à costa oeste da América do Sul (Figura 5) . Esta diminuição da PNM sobre o Pacífico Sul refletiu nas anomalias da PNM sobre Taiti e Darwin e fez com que o Índice de Oscilação Sul (IOS) se tornasse negativo (-0,2), o que não acontecia desde fevereiro de 1996 (Tabela 1).
Sobre o Atlântico a PNM ficou abaixo da média na região Tropical e acima da média nas regiões Extratropicais. A Alta Subtropical do Atlântico Sul e a Alta dos Açores ficaram mais intensas que o normal durante o mês. Sobre todo o continente sul-americano as PNMs estiveram abaixo da média climatológica e isto se deveu ao intenso aquecimento que normalmente ocorre sobre o continente nesta época do ano (Figura 5) .
Os ventos em baixos níveis (850 hPa) sobre o Pacífico Equatorial estiveram mais fortes que o normal sobre o setor oeste e central e normais sobre grande parte do setor leste. Ao sul de 20oS os ventos estiveram com anomalias de oeste desde o Meridiano de 150oE até a costa oeste da América do Sul (Figura 6 e Figura 7) .
Sobre o Oceano Atlântico extratropical, os ventos em baixos níveis estiveram com anomalias anticiclônicas sobre os setores sul e norte. Ao longo da região Tropical os ventos estiveram bem próximos à média climatológica (Figura 6 e Figura 7) . O campo de anomalia do vetor pseudo-tensão de cisalhamento superficial apresentou anomalias de sul no Atlântico Central Sul e de leste junto à costa norte do Nordeste (Figura 8) .
Em altos níveis (200 hPa) podemos observar a circulação anticiclônica da Alta da Bolívia sobre a América do Sul. O centro da Alta, durante alguns dias do mês oscilou entre o centro e o oeste do Brasil e leste da Bolívia. Assim como em outubro, pode-se observar durante novembro, a presença do cavado do Nordeste sobre o Atlântico, junto à costa da referida Região e com amplitude maior (vide Seção 2.6.1). Houve uma redução na intensidade dos ventos sobre o Pacífico Sul, quando comparado aos últimos meses. Sobre o centro e sul do Brasil foram observadas anomalias anticiclônicas da circulação (Figura 9 e Figura 10) (vide Seções 2.1 e 2.6.3).
Analisando o campo de anomalias de Altura Geopotencial sobre o Hemisfério Norte (Figura 11) podemos observar que houve um predomínio de anomalias positivas nas altas latitudes. A exceção se deu sobre o noroeste da Europa.
Sobre o Hemisfério Sul, o campo de anomalias de Altura Geopotencial (Figura 12) evidenciou um predomínio de anomalias positivas sobre as altas latitudes e sobre as latitudes médias houve um predomínio de anomalias negativas. Destacam-se as anomalias negativas no extremo sul da América do Sul e positivas no Atlântico a sudeste da América do Sul.
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