GRANDE ESCALA


No Oceano Pacífico Equatorial, a TSM variou entre 20ēC, na costa oeste da América do Sul, a 30ēC, na região da Indonésia. O padrão de anomalias associado a estas temperaturas variou entre valores abaixo da média nas regiões Niños 1+2, Niño 3, Niño 3.4 e Niño 4 (Figuras 1 e 2 e Tabela 1) a acima da média nas áreas oceânicas que envolvem a região da Indonésia. Esta configuração foi consistente com a manutenção da La Niña no Pacífico Oeste.

No Oceano Atlântico Tropical, a TSM variou entre 24ēC e 30ēC e permaneceu dentro da média climatológica (Figura 1), com exceção de áreas isoladas adjacentes à costa da África, que apresentaram anomalias positivas em torno de 0,5ēC (Figura 3). Na costa sul-sudeste brasileira e ao longo da faixa latitudinal de 30ēS, as temperaturas superficiais continuaram acima da média, contrastando com as anomalias negativas, registradas na Bacia do Prata.

O campo de Radiação de Onda Longa (ROL) continuou evidenciando a manutencão do padrão de La Niña, principalmente na região Niño 4 (Figura 4), onde as anomalias positivas continuaram superiores a 15 W/m2, enquanto que, no norte da Austrália, registraram-se valores inferiores a -45 W/m2. Sobre o Atlântico Sul, a área com anomalias negativas adjacente ao litoral do Nordeste também refletiu a predominância de Vórtices Ciclônicos em altos níveis sobre áreas oceânicas.

No campo de Pressão ao Nível do Mar (PNM), destacou-se a intensificação da Alta do Pacífico Sudeste e a manutenção de anomalias positivas ao longo do Pacífico Equatorial (Figura 5), desde a costa oeste da América do Sul até a Linha Internacional de Data. Por outro lado, no Atlântico Sul, o padrão de anomalias de pressão mudou significativamente em relação ao mês anterior. A Alta do Atlântico Sul (AAS) esteve centrada em 30ēS e o meridiano de Greenwich e mais intensa que a média em até 4 hPa.

Os ventos de leste nos baixos níveis da troposfera (850 hPa) permaneceram intensos a oeste de 1500W. Por outro lado, a AAS deslocou-se para posições mais ao sul, contribuindo para o enfraquecimento dos ventos alísios adjacente à costa do Nordeste do Brasil (Figuras 6 e 7).

No campo de vento em altos níveis (200 hPa), destacou-se o par de anticiclones a oeste da Linha Internacional de Data (Figuras 9 e 10), característico da atividade convectiva acima da média sobre a Indonésia e norte da Austrália, ou seja, consistente com a intensificação do fenômeno La Niña neste mês. Sobre o Atlântico Sul, a formação de circulação ciclônica no campo de anomalias mostrou que os vórtices se posicionaram a leste de suas posições normais para esta época do ano.

No Hemisfério Norte, foi obsevada uma configuração de onda 2, enquanto que, no Hemisfério Sul, dominaram ondas tipo 2 e 3. Nas latitudes subtropicais, o número de onda 3 foi observado nos campos de anomalia de geopotencial dos Hemisférios Norte e Sul (Figuras 11 e 12).

Figuras

[ Figura1][ Figura2] [ Figura3] [ Figura4] [ Figura5] [ Figura6][ Figura7] [ Figura8] [ Figura9] [ Figura10] [ Figura11] [ Figura12][ Tabela1]


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