GRANDE ESCALA


A Temperatura da Superfície do Mar (TSM), na região do Pacífico Equatorial Oeste, entre a Linha Internacional de Data e a Indonésia, apresentou valores observados de até 30ºC. Estes valores corresponderam a anomalias positivas que chegaram a 1ºC (Figura 1). Nas regiões Niño 3, 3.4 e 4, as anomalias positivas variaram de 0,2ºC, na região Niño 1+2, até 0,8ºC, na região Niño 4. Essas condições não indicam a configuração da fase quente do fenômeno ENOS. No Oceano Atlântico Sul, destacou-se uma grande área com anomalias negativas desde o sul do Brasil até a costa leste da Argentina. Por outro lado, anomalias positivas de TSM dominaram a faixa tropical do Atlântico, estendendo-se por todo o Hemisfério Norte (Figuras 1 e 3).

O campo de Radiação de Onda Longa (ROL) mostrou que houve maior atividade convectiva no norte da Austrália e região da Indonésia e diminuição da atividade convectiva no sudoeste da Austrália (Figura 4). Houve aumento da ROL emitida no nordeste da América do Sul, onde as anomalias positivas variaram entre 15 W/m2 e 30 W/m2. Estas anomalias foram consistentes com a diminuição das chuvas em grande parte do Brasil.

No campo de Pressão ao Nível Médio do Mar (PNM), destacou-se a intensificação da alta pressão subtropical do Pacífico Sudeste e a permanência de baixas pressões a leste da Argentina (Figura 5). Esta configuração esteve associada à permanência do jato subtropical sobre o norte da Argentina e sul do Brasil, onde choveu acima da média histórica.

O escoamento médio em 850 hPa destacou a intensificação dos anticiclones subtropicais nos oceanos Pacífico e Atlântico Sul (Figuras 6 e 7). No Atlântico Sul, em particular, a circulação anticiclônica avançou sobre o leste do Brasil, onde a pressão à superfície ficou acima da média climatológica. O enfraquecimento da alta pressão subtropical do Atlântico Norte foi consistente com a predominância de anomalias positivas de TSM.

No escoamento em 200 hPa, destacou-se uma situação na qual a circulação de verão apresentou-se ligeiramente deslocada para oeste sobre o norte da América do Sul (Figuras 9 e 10). Neste sentido, observou-se a diminuição da convecção, associada aos vórtices ciclônicos que se posicionaram sobre as Regiões Norte e Nordeste do Brasil (ver seção 4.3). Destacou-se, também, a intensa atuação do jato subtropical sobre a Argentina (ver seção 4.1).

O geopotencial em 500 hPa no Hemisfério Sul evidenciou um número de onda 3 e 4 e a predominância de anomalias negativas sobre a Argentina, onde foi notada a formação de CCM’s (Figura 12).

Figuras

[ Figura1][ Figura2] [ Figura3] [ Figura4] [ Figura5] [ Figura6][ Figura7] [ Figura8] [ Figura9] [ Figura10] [ Figura11] [ Figura12][ Tabela1]


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