Houve um
considerável aumento das chuvas no decorrer da primeira
quinzena de fevereiro de 2011, em particular no Mato Grosso do Sul e em
praticamente toda a Região Sul do Brasil. Esta
mudança no cenário das chuvas foi associada ao
deslocamento para sul do canal de umidade proveniente da
Amazônia, resultando na formação de um
episódio da Zona de Convergência do
Atlântico Sul (ZCAS) ao sul de sua
posição climatológica. Por outro lado,
choveu abaixo da média na porção
centro-leste do Brasil, que engloba a maior parte da Região
Sudeste.
As anomalias da Temperatura da Superfície do Mar (TSM)
ficaram menos negativas na região do Pacífico
Equatorial, sugerindo o enfraquecimento do fenômeno La
Niña. Na região do Atlântico Tropical,
embora os valores de TSM tenham ficado acima da média no
setor norte e sul, a Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT) posicionou-se ao norte da climatologia em três
pêntadas e ao sul desta em duas pêntadas de
fevereiro. Além disso, o sinal da
Oscilação Intrassazonal Maden-Julian (OMJ)
continuou associado à maior irregularidade na
distribuição da
precipitação, tanto do ponto de vista espacial
como temporal, em particular sobre o sul da Região Nordeste
e o Sudeste do Brasil.
Os valores de precipitação foram mais acentuados
no centro da bacia do Amazonas, no norte da bacia do Tocantins, no sul
das bacias do Paraná e do Atlântico Sudeste e na
bacia do Uruguai. Entretanto, houve diminuição
das vazões na bacia do São Francisco e no norte
da bacia do Paraná, onde as chuvas foram mais escassas.
As queimadas diminuíram 10% em
comparação com o mês anterior e
aproximadamente 80% em comparação com o mesmo
período de 2010, especialmente nas Regiões Norte
e Nordeste.
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