Em abril, as chuvas
continuaram acima da média histórica na maior
parte do Brasil. No norte da Região Nordeste e em
áreas no norte do Pará e Amapá, as
chuvas estiveram associadas principalmente à
atuação da Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT). O transbordamento de rios localizados nas
Regiões Norte e Nordeste causou enchentes em cidades do
Amazonas, Amapá, Rondônia, Acre, Piauí
e Maranhão. Nas Regiões Sul e Sudeste, ocorreram
chuvas intensas, ventos fortes e granizo em várias
localidades. Estes eventos foram decorrentes principalmente da
incursão de sistemas frontais, da
atuação de cavados em médios e altos
níveis da atmosfera e da atuação do
jato em baixos níveis, em particular no final da segunda
quinzena. O avanço de massas de ar frio sobre a
Região Centro-Oeste e o sul da Região Norte
ocasionaram os primeiros episódios de friagem do ano.
Os campos oceânicos e atmosféricos de escala
global ainda evidenciaram condições associadas ao
fenômeno La Niña sobre os setores central e oeste
do Pacífico Equatorial contudo, o relaxamento dos alísios
sobre o Pacífico Leste continua sinalizando o
enfraquecimento gradual do atual episódio de La
Niña nesta área. O campo de
Radiação de Onda Longa (ROL) destacou a intensa
atividade convectiva associada à ZCIT na região
do Atlântico Equatorial.
A maioria das bacias brasileiras apresentou chuvas acima da
média histórica e registros de vazões
que excederam a MLT. Contudo, houve diminuição
das vazões em mais da metade das
estações monitoradas, em
comparação com o mês anterior.
Os 280 focos de queimadas detectados pelo satélite NOAA-15
estiveram 40% abaixo do número detectado em março
passado. Esta redução pode ser considerada
normal, uma vez que abril costuma ser um mês no qual se
registra menor número de queimadas em decorrência
do aumento climatológico das chuvas em grande parte do
Brasil.
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