Maio terminou com
acentuado
déficit de precipitação no setor norte
das
Regiões Norte e Nordeste do Brasil. Nessas
regiões, a
falta de chuva foi associada principalmente ao deslocamento da Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT) ao norte de sua
posição climatológica,
forçada, localmente,
pelas condições de ligeiro resfriamento no
Atlântico Tropical e pelas oscilações
intrassazonais. Por outro lado, diminuiu o déficit
pluviométrico na região central do Brasil, em
particular
no sul do Mato Grosso e em grande parte de Minas Gerais, Rio de Janeiro
e Espírito Santo. Na maior parte da Região Sul,
houve
predomínio de chuvas abaixo da média
histórica.
As águas superficiais próximas à costa
oeste da
América do Sul continuaram mais quentes que o normal,
sugerindo,
em conjunto com a tendência de relaxamento dos ventos
alísios, o possível estabelecimento do
fenômeno El
Niño nos meses subsequentes. No entanto, considerando o
Índice de Oscilação Sul (IOS), as
atuais
condições oceânicas e
atmosféricas ainda
são de neutralidade. Além disso, os ventos
próximos à superfície continuaram
ligeiramente
intensos e a convecção esteve acima da
média no
setor oeste do Pacífico, refletindo uma fraca
condição de La Niña.
Apesar da ocorrência de chuvas acima da média em
parte das
bacias do Tocantins, São Francisco, Atlântico
Leste e
Paraná, as vazões médias mensais
diminuíram
na maioria das estações monitoradas em
comparação com abril passado.
Os focos de calor aumentaram 50% em todo o Brasil, em
relação ao mês anterior, e 60%, em
relação ao mesmo período de 2011.
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