O mês de
julho continuou apresentando poucas chuvas na maior parte das
Regiões Centro-Oeste, Nordeste e no norte da
Região Sudeste. A umidade relativa do ar atingiu valores
inferiores a 25% em localidades no Mato Grosso, Goiás e
Piauí. Na Região Sul e no sul da
Região Sudeste, as chuvas estiveram associadas
principalmente à incursão de sistemas frontais e
à presença de cavados em médios e
altos níveis. A massa de ar frio associada ao sistema
frontal que ingressou no final de julho causou declínio
acentuado de temperatura no Acre e episódios de geada e neve
nas regiões serranas de Santa Catarina e do Rio Grande do
Sul.
Os campos oceânicos e atmosféricos continuam
evidenciando, pelo terceiro mês consecutivo,
características associadas ao episódio frio do
fenômeno El Niño-Oscilação
Sul (ENOS) sobre o Oceano Pacífico Equatorial. Os sinais da
variabilidade intrasazonal também estiveram presentes no
Oceano Pacífico e têm modulado o padrão
de chuvas, particularmente sobre as Regiões Sudeste e Sul do
Brasil, mascarando os efeitos clássicos do atual
fenômeno La Niña.
As vazões médias mensais diminuíram em
grande parte das bacias brasileiras, com exceção
das estações localizadas no sul da bacia do
Paraná e nas bacias do Atlântico Sudeste e do
Uruguai.
Os 7.000 focos de queimadas detectados pelo satélite NOAA-12
estiveram 40% acima dos focos detectados em junho passado,
porém dentro do esperado de acordo com a
definição do período seco e quente no
Nordeste e no Brasil Central.
|