O mês de
novembro foi marcado pela ocorrência de chuvas intensas em
diversas áreas do Brasil. Na Região Nordeste,
onde historicamente chove pouco neste mês, choveu o dobro da
média histórica em várias localidades.
No Sudeste, os Estados de São Paulo e Minas Gerais
apresentaram elevados totais de precipitação. No
norte da Região Norte, choveu acima da média
histórica, com os maiores totais mensais no norte do
Amazonas e Pará. Na Região Sul, choveu
predominantemente acima da média histórica e
destacaram-se as cidades de Paranaguá-PR e Passo Fundo-RS,
onde os totais mensais excederam 250 mm. Contudo, as chuvas ocorreram
muito abaixo do esperado no sul do Amazonas, Rondônia,
Tocantins, norte da Região Centro-Oeste e no oeste da
Região Nordeste.
As condições oceânicas e
atmosféricas estiveram consistentes com a
atuação do fenômeno El Niño
sobre o Oceano Pacífico Equatorial, porém com
fraca intensidade. Destacaram-se a expansão da
área com anomalias positivas de Temperatura da
Superfície do Mar (TSM) e o enfraquecimento dos
alísios na faixa central do Pacífico Equatorial,
assim como o aumento da área de anomalias positivas de
Radiação de Onda Longa (ROL) na
Indonésia, Malásia e leste do Oceano
Índico. Sobre o Atlântico Tropical Norte, a
persistência de anomalias positivas de TSM é
desfavorável para a ocorrência de chuvas na
região semi-árida do Nordeste do Brasil.
Durante o mês de novembro, a maioria das
estações fluviométricas apresentou um
aumento nas vazões em comparação ao
mês anterior. No sul da bacia do Paraná, contudo,
houve diminuição nas vazões e
predominância de desvios negativos em
relação à MLT.
Os focos de queimadas detectados no País estiveram 25%
inferior aos valores observados em outubro passado, porém
dentro do esperado se considerado o início do
período chuvoso nas Regiões Sudeste, Nordeste e
Centro-Oeste do Brasil.
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