Novembro foi
excessivamente chuvoso na Região Sul do Brasil, em
particular no oeste do Rio Grande do Sul. Estas chuvas estiveram
associadas principalmente à atuação da
corrente de jato em baixos níveis, mecanismo que traz
umidade da Amazônia em direção ao sul
do Brasil. Notou-se, também, a ausência de
episódios da Zona de Convergência do
Atlântico Sul (ZCAS), o que explica a ocorrência de
chuvas abaixo da média histórica em Minas Gerais,
no Espírito Santo e no sul da Bahia. Apenas um sistema
frontal conseguiu avançar até o litoral da
Região Sudeste, favorecendo o aumento das chuvas no sudeste
de São Paulo.
As águas continuaram mais quentes que o normal na
região do Pacífico Equatorial, indicando a
persistência da fase madura do fenômeno El
Niño. Na região do Atlântico Norte, os
valores de Temperatura da Superfície do Mar (TSM)
também excederam a climatologia, contribuindo para a
atuação preferencial da Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT) ao norte de sua
posição climatológica. Já o
aquecimento das águas próximo à costa
sudeste da América do Sul, maior que o observado em outubro
passado, favoreceu a formação de intensas
áreas de instabilidade na Região Sul do Brasil.
As vazões no sul da bacia do Atlântico Sudeste e
na bacia do Uruguai foram favorecidas pelo excesso de chuvas.
Já na maior parte da bacia do Paraná, houve
redução das vazões médias
mensais em comparação com o mês
anterior.
Os focos de queimadas aumentaram 30% em
comparação com outubro passado, porém
diminuíram aproximadamente 22% em todo o País, se
comparados aos focos registrados em novembro de 2008.
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